Post do dia: 2018-04-13 09:29:50. Publicado por Equipe Nutmed Categoria: Novidades .
Intoxicação por metanol – um perigo constante ao consumidor de bebidas alcoólicas
O consumo de bebidas alcoólicas no carnaval pode causar mais problemas do que as previsíveis e nem um pouco agradáveis ressacas. Nesse período devemos ficar atentos sobre o perigo do consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, principalmente em bares, festas e com vendedores de rua, pois as bebidas falsificadas representam, acima de tudo, um risco à saúde.
Estudo feito em municípios de São Paulo e Minas Gerais pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), observou que em 65 amostras de bebidas, como cachaças de alambique, uísques e licores artesanais, metade das amostras apresentaram substâncias tóxicas como cobre, metanol e carbamato de etila.
Desde a cegueira à morte - é bom ficar atento!
O metanol é um álcool tóxico, que se ingerido, pode causar cegueira e até levar à morte. Os casos mais graves são os da contaminação criminosa de bebidas alcoólicas.
O metanol é barato e como não paga os impostos que incidem sobre as bebidas alcoólicas tem sido usado criminosamente para fingir de etanol na adição de álcool a bebidas fabricadas clandestinamente.
O máximo de metanol permitido nos destilados pela legislação brasileira é 0,25ml/100 ml de álcool anidro, limite que geralmente é desrespeitado nas bebidas clandestinas. As bebidas são fabricadas com metanol misturado a 20% ao etanol. Como o cheiro é parecido, é transparente e também é inebriante, pode-se confundir com o etanol facilmente. O efeito tóxico do metanol resulta da sua metabolização em aldeído fórmico e deste em ácido fórmico.
Sintomas de intoxicação com metanol
O grau de intoxicação depende da quantidade ingerida, que pode variar de 20 ml a 60 ml. Nos casos de ingestão excessiva são incluídos sintomas como:
Dor de cabeça,
Vertigens,
Embriaguez,
Astenia,
Sonolência,
Dilatação das pupilas,
Diminuição da acuidade visual e cegueira, devido à degeneração das terminações da retina e do nervo óptico.
Pacientes com intoxicação mais grave podem apresentar neurite óptica, decorrente de edema no nervo óptico.
Tratamento da intoxicação com metanol
O tratamento obriga à correção da acidose (causada por acumulação de ácido fórmico) com bicarbonato por via intravenosa, à diálise para eliminação do metanol intacto e do ácido fórmico e à inibição da formação dos metabolitos.
A enzima que transforma o metanol é a mesma que tem como substrato o etanol, a enzima desidrogenase alcoólica hepática, por isso o uso do etanol tem sido um tratamento eficaz, pois o etanol possui alta afinidade pela enzima álcool-desidrogenase, ocorrendo inibição por competição e também porque o etanol liga-se muito facilmente ao ácido fórmico, principal metabólito do metanol, excretando-o mais facilmente. Para ter o efeito desejado, o paciente tem que ser levado ao efeito de embriaguez, aproximadamente 4 doses de 45 ml de uísque.
Atualmente considera-se o uso do 4-metilpirazol ou fomepizol que é igualmente um inibidor enzimático da desidrogenase alcoólica mas com uma posologia mais simples.
As recomendações da Academia Americana de Toxicologia Clínica são atualmente as seguintes:
correção da acidose com bicarbonato,
hemodiálise,
inibidor enzimático que pode ser o fomepizol ou o etanol, e
ácido folínico.
O ácido folínico é um composto é um derivado do ácido tetrahidrofólico e facilita a conversão de algum ácido fórmico em dióxido de carbono e água pela sintetase do ácido10-formiltetrahidrofólico.
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